Bloco: política não pode ser um jogo
Bloco de Esquerda não entende instabilidade criada por medida que não mexe no Orçamento do Estado e defendeu que a política não pode ser “um jogo”

Autor: Vítor Santos | 4 de Maio de 2019
A líder do BE disse hoje que “não tem nenhum
sentido” que o Governo “crie instabilidade” por uma medida sem
reflexo no Orçamento do Estado de 2019 e defendeu que a política não pode ser
“um jogo”.
“Não tem absolutamente nenhum sentido por uma medida
que custa zero euros no Orçamento do Estado de 2019, que o que garante é a
mesma reposição [de tempo de serviço congelado dos professores] que o Governo
tinha prometido fazer e o que faz é abrir uma porta a futuras negociações que
permitam continuar um caminho de respeitar quem trabalha, sirva para que de
repente o Governo crie instabilidade”, afirmou Catarina Martins, num
almoço que juntou cerca de 150 apoiantes em Vila Nova de Famalicão.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro e secretário-geral do
PS, António Costa, acusou a oposição de “brincar com o fogo” ao
aprovar na especialidade, no parlamento, a recuperação do tempo total de
serviço dos professores no período em que houve congelamento de progressões.
O primeiro-ministro deu ainda conta de que comunicou ao
Presidente da República que o Governo se demite caso a contabilização total do
tempo de serviço dos professores seja aprovada em votação final global.
Para Catarina Martins, “a política não pode ser um
jogo, tem que ser responsabilidade”, acrescentando: “E nós temos tanto para
fazer”.
Lembrando o estatuto do cuidador, aumento do salário mínimo,
melhorias no Serviço Nacional de Saúde, a coordenadora bloquista afirmou que
“desistir desse caminho é desistir de melhorar condições de vida das
pessoas”, considerando que isso seria “absolutamente irresponsável”.
Catarina Martins reforçou que a medida aprovada na
Assembleia da República de repor na integra a carreira dos docentes, apenas com
o voto contra do PS, não vão “abrir nenhum caixa de Pandora”,
explicando que “está garantido exatamente o mesmo tempo que o Governo já
tinha dito que daria [à recuperação de tempo de serviço congelado], nem mais
nem menos”.
Sobre as eleições europeias, Catarina Martins lembrou alguns
dos temas bandeira do BE, como o ambiente, saúde, e o combate ao crime
económico.
O discurso sobre as eleições de dia 26 de maio ficou a cargo
da cabeçada lista do BE, Marisa Matias, que destacou a importância do voto.
“Estamos numa das eleições mais importante das nossas
vidas, mas invariavelmente são tratadas como se não tivessem importância
nenhuma”.
Marisa Matias deixou ainda uma garantia: “Não temos
duas caras duas, posições (uma em Portugal, outra em Bruxelas), apenas um
comportamento eleitoralista, não temos nunca um comportamento eleitoralista”,
disse.
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A líder do BE disse hoje que “não tem nenhum sentido” que o Governo “crie instabilidade” por uma medida sem reflexo no Orçamento do Estado de 2019 e defendeu que a política não pode ser “um jogo”.
“Não tem absolutamente nenhum sentido por uma medida que custa zero euros no Orçamento do Estado de 2019, que o que garante é a mesma reposição [de tempo de serviço congelado dos professores] que o Governo tinha prometido fazer e o que faz é abrir uma porta a futuras negociações que permitam continuar um caminho de respeitar quem trabalha, sirva para que de repente o Governo crie instabilidade”, afirmou Catarina Martins, num almoço que juntou cerca de 150 apoiantes em Vila Nova de Famalicão.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, acusou a oposição de “brincar com o fogo” ao aprovar na especialidade, no parlamento, a recuperação do tempo total de serviço dos professores no período em que houve congelamento de progressões.
O primeiro-ministro deu ainda conta de que comunicou ao Presidente da República que o Governo se demite caso a contabilização total do tempo de serviço dos professores seja aprovada em votação final global.
Para Catarina Martins, “a política não pode ser um jogo, tem que ser responsabilidade”, acrescentando: “E nós temos tanto para fazer”.
Lembrando o estatuto do cuidador, aumento do salário mínimo, melhorias no Serviço Nacional de Saúde, a coordenadora bloquista afirmou que “desistir desse caminho é desistir de melhorar condições de vida das pessoas”, considerando que isso seria “absolutamente irresponsável”.
Catarina Martins reforçou que a medida aprovada na Assembleia da República de repor na integra a carreira dos docentes, apenas com o voto contra do PS, não vão “abrir nenhum caixa de Pandora”, explicando que “está garantido exatamente o mesmo tempo que o Governo já tinha dito que daria [à recuperação de tempo de serviço congelado], nem mais nem menos”.
Sobre as eleições europeias, Catarina Martins lembrou alguns dos temas bandeira do BE, como o ambiente, saúde, e o combate ao crime económico.
O discurso sobre as eleições de dia 26 de maio ficou a cargo da cabeçada lista do BE, Marisa Matias, que destacou a importância do voto.
“Estamos numa das eleições mais importante das nossas vidas, mas invariavelmente são tratadas como se não tivessem importância nenhuma”.
Marisa Matias deixou ainda uma garantia: “Não temos duas caras duas, posições (uma em Portugal, outra em Bruxelas), apenas um comportamento eleitoralista, não temos nunca um comportamento eleitoralista”, disse.

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