Cigarros eletrónicos matam nos EUA
Cigarros eletrónicos: Composto de vitamina E, associado às mortes de consumidores nos Estados Unidos. A doença já afetou mais de duas mil pessoas

Autor: Adília Vieira | 12 de Novembro de 2019
Um composto químico da vitamina E, chamado “acetato”, poderá
estar associado às 39 mortes de utilizadores de cigarros eletrónicos nos
Estados Unidos. As autoridades norte-americanas continuam a recomendar que as
pessoas não usem estes produtos, em particular se tiverem origem em fontes
informais ou não seguras.
Na passada sexta-feira, dia 8, foi publicado um relatório
que identificou a presença desta substância nos fluidos pulmonares de 29
pacientes com EVALI – sigla em inglês para “E-cigarette or Vaping product
use-Associated Lung Injury”.
A doença já afetou mais de duas mil pessoas nos EUA.
“As análises fornecem evidências diretas de que o acetato de
vitamina E é a principal causa das lesões pulmonares”, disse Anne Schuchat,
vice-diretora do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC – “Centers for
Disease Control and Prevention”, no original). “Acetato” é o nome químico da
molécula.
Schuchat acrescentou que “ainda não foi detetada
nenhuma outra toxina potencial nas análises”.
O acetato de vitamina E é “usado como aditivo na produção de
cigarros eletrónicos” e dos produtos à base de THC (tetrahidrocanabinol),
descreve o CDC.
A vitamina E é normalmente inofensiva, podendo ser comprada
na forma de uma cápsula para engolir ou um óleo para aplicar na pele. Contudo,
esta torna-se nociva se for inalada ou aquecida, explica a agência noticiosa
France-Presse.
O estudo do CDC vem confirmar as suspeitas que já vinham
sendo levantadas de que a origem das mortes estivesse nesta toxina.
O CDC continua a recomendar que as pessoas não usem cigarros
eletrónicos que contenham THC, em particular de fontes informais ou não
seguras, uma vez que a maioria dos casos de lesões pulmonares decorrentes do
uso de cigarros eletrónicos poderá estar associada ao THC, o principal
ingrediente psicoativo da marijuana.
“Quer nos cigarros eletrónicos, quer no tabaco
aquecido, existem outros tóxicos que não existem no cigarro tradicional e que
têm riscos acrescidos para a saúde humana, incluindo o risco de desenvolver
cancro”, referiu Sofia Ravara, pneumologista e professora de Medicina
Preventiva, à margem do 35.º Congresso de Pneumologia, este sábado.
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Um composto químico da vitamina E, chamado “acetato”, poderá estar associado às 39 mortes de utilizadores de cigarros eletrónicos nos Estados Unidos. As autoridades norte-americanas continuam a recomendar que as pessoas não usem estes produtos, em particular se tiverem origem em fontes informais ou não seguras.
Na passada sexta-feira, dia 8, foi publicado um relatório que identificou a presença desta substância nos fluidos pulmonares de 29 pacientes com EVALI – sigla em inglês para “E-cigarette or Vaping product use-Associated Lung Injury”.
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“As análises fornecem evidências diretas de que o acetato de vitamina E é a principal causa das lesões pulmonares”, disse Anne Schuchat, vice-diretora do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC – “Centers for Disease Control and Prevention”, no original). “Acetato” é o nome químico da molécula.
Schuchat acrescentou que “ainda não foi detetada nenhuma outra toxina potencial nas análises”.
O acetato de vitamina E é “usado como aditivo na produção de cigarros eletrónicos” e dos produtos à base de THC (tetrahidrocanabinol), descreve o CDC.
A vitamina E é normalmente inofensiva, podendo ser comprada na forma de uma cápsula para engolir ou um óleo para aplicar na pele. Contudo, esta torna-se nociva se for inalada ou aquecida, explica a agência noticiosa France-Presse.
O estudo do CDC vem confirmar as suspeitas que já vinham sendo levantadas de que a origem das mortes estivesse nesta toxina.
O CDC continua a recomendar que as pessoas não usem cigarros eletrónicos que contenham THC, em particular de fontes informais ou não seguras, uma vez que a maioria dos casos de lesões pulmonares decorrentes do uso de cigarros eletrónicos poderá estar associada ao THC, o principal ingrediente psicoativo da marijuana.
“Quer nos cigarros eletrónicos, quer no tabaco aquecido, existem outros tóxicos que não existem no cigarro tradicional e que têm riscos acrescidos para a saúde humana, incluindo o risco de desenvolver cancro”, referiu Sofia Ravara, pneumologista e professora de Medicina Preventiva, à margem do 35.º Congresso de Pneumologia, este sábado.

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