Covid-19: Confirmada a primeira morte em Portugal
Confirmada a primeira morte em Portugal de uma pessoa infetada com o novo coronavírus. A vítima tinha 80 anos de idade e residia na Amadora

Autor: Horta e Costa | 16 de Março de 2020
Portugal registou a primeira morte de uma pessoa infetada
com o novo coronavírus, anunciou hoje a ministra da Saúde, Marta Temido.
Marcelo Rebelo de Sousa já apresentou “sentidos pêsames” à família.
Em conferência de imprensa, a Ministra da Saúde, Marta
Temido apresentou as condolências à família e aos amigos do doente que estava
internado no Hospital de Santa Maria. O homem tinha 80 anos.
“Ao mesmo tempo que apresentamos as nossas condolências
à família e amigos do falecido, queremos também sublinhar e agradecer o empenho
dos profissionais do Centro Hospitalar Lisboa Norte, e mais concretamente do
Hospital Santa Maria, no tratamento, na prestação de cuidados e no apoio a este
doente”, disse a Marta Temido.
A Ministra da Saúde agradeceu ainda a todos os profissionais
de saúde pelo “enorme esforço que continuam a realizar todos os dias para
garantir que o Serviço Nacional de Saúde continua a funcionar e para os doentes
com Covid-19, mas também os outros, que continuam a merecer cuidados de saúde
adequados ao seu estado e à sua situação”.
“Atendendo a esta circunstância”, Marta Temido
pediu que a conferência de imprensa de hoje fosse mais “curta” e
“focada”. “É um momento de pesar, de reflexão, e onde, mais do
que nunca, precisamos de nos concentrar no muito que há para fazer. Temos de
continuar a trabalhar”, disse.
A Ministra da Saúde fala ainda “num momento de
disciplina e de comportamentos cívicos”, dando como exemplo o caso dos
cidadãos portugueses que regressaram de Wuhan, na China, e que aceitaram em
isolamento profilático, e dos “muitos e muitas que optaram por aderir às
recomendações da Direção Geral de Saúde”.
A governante falou ainda dos riscos que todos corremos,
entre eles o “risco da nossa sociedade se desestruturar”. “Estamos
num momento que é como se fosse uma guerra, e numa guerra temos de ter
disciplina”, acrescentou. “Não
podemos interromper a nossa vida social, porque não podemos ficar sem pão, sem
água, sem energia, sem recolhas de resíduos”, acrescentou, sublinhando
“temos de manter comportamentos apropriados ao momento em que
vivemos”.
Confrontada, pela pergunta de um jornalista, com a nova
indicação da Organização Mundial de Saúde de testar o mais possível as
populações, a Ministra da Saúde garantiu que “estamos a adaptar as nossas
práticas”. “Estamos a garantir que temos testes para poder testar sempre que há
suspeitas (…) Nos testes no equipamento de proteção individual temos de ser
criteriosos”, disse.
Respondendo a outra pergunta, esta sobre quais os atos
médicos a serem cancelados, Marta Temido respondeu que “todas as consultas
externas que não sejam prioritárias, ou muito prioritárias, deverão ser
remarcadas”. Também os meios de diagnóstico complementares que não sejam
imprescindíveis e as cirurgias não prioritárias devem ser adiadas.
Aos jornalistas, Graça Freitas, Diretora Geral de Saúde,
também presente na conferência de imprensa, confirmou que continuam internadas
nos cuidados intensivos 18 pessoas. A responsável sublinhou ainda que a taxa de
letalidade do vírus “é superior a 2% em todo o mundo”. “Teremos
nos próximos dias, semanas e meses mais pessoas a falecerem. Faz parte da
história da doença”, disse acrescentando que o “SNS tudo fará para
reduzir ao mínimo o número de pessoas que tenham este desfecho ou que fique com
sequelas da doença”.
Também Marcelo Rebelo de Sousa já lamentou a morte da
primeira vítima em Portugal e apresentou, numa mensagem publicada no site da
Presidência, os “sentidos pêsames” à família. “O Presidente da República
apresenta os seus sentidos pêsames à família da primeira vítima mortal da
pandemia do Covid-19 em Portugal, cujo falecimento acaba de ser confirmado
pelas autoridades de Saúde”.
A Direção-Geral da Saúde elevou hoje para 331 o número de
infetados pelo novo coronavírus, mais 86 do que os contabilizados no domingo.
Segundo a DGS, há três casos recuperados.
O Governo declarou na sexta-feira o estado de alerta no
país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança
em prontidão.
Entre várias medidas para conter a pandemia, o Governo
suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de
hoje, e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes.
Os governos regionais da Madeira e dos Açores decidiram
impor um período de quarentena a todos os passageiros que aterrarem nos
arquipélagos, enquanto o Governo da República desaconselhou as deslocações às
ilhas.
Já tinham sido tomadas outras medidas em Portugal para
conter a pandemia, como a suspensão das ligações aéreas com a Itália, o país da
Europa mais afetado.
A nível global, o coronavírus responsável pela pandemia da
Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.500 morreram. Das
pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por
mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a
declarar uma situação de pandemia.
Onde posso consultar informação oficial?
A DGS criou para o efeito vários site onde concentra toda a
informação atualizada e onde pode acompanhar a evolução da infeção em Portugal
e no mundo. Pode ainda consultar as medidas de segurança recomendadas e
esclarecer dúvidas sobre a doença.
https://covid19.min-saude.pt/ponto-de-situacao-atual-em-portugal
https://www.dgs.pt/em-destaque.aspx
Quem suspeitar estar infetado ou tiver sintomas em Portugal
– que incluem febre, dores no corpo e cansaço – deve contactar a linha SNS24
através do número 808 24 24 24 para ser direcionado pelos profissionais de
saúde. Não se dirija aos serviços de urgência, pede a Direção-geral de Saúde.
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Portugal registou a primeira morte de uma pessoa infetada com o novo coronavírus, anunciou hoje a ministra da Saúde, Marta Temido. Marcelo Rebelo de Sousa já apresentou “sentidos pêsames” à família.
Em conferência de imprensa, a Ministra da Saúde, Marta Temido apresentou as condolências à família e aos amigos do doente que estava internado no Hospital de Santa Maria. O homem tinha 80 anos.
“Ao mesmo tempo que apresentamos as nossas condolências à família e amigos do falecido, queremos também sublinhar e agradecer o empenho dos profissionais do Centro Hospitalar Lisboa Norte, e mais concretamente do Hospital Santa Maria, no tratamento, na prestação de cuidados e no apoio a este doente”, disse a Marta Temido.
A Ministra da Saúde agradeceu ainda a todos os profissionais de saúde pelo “enorme esforço que continuam a realizar todos os dias para garantir que o Serviço Nacional de Saúde continua a funcionar e para os doentes com Covid-19, mas também os outros, que continuam a merecer cuidados de saúde adequados ao seu estado e à sua situação”.
“Atendendo a esta circunstância”, Marta Temido pediu que a conferência de imprensa de hoje fosse mais “curta” e “focada”. “É um momento de pesar, de reflexão, e onde, mais do que nunca, precisamos de nos concentrar no muito que há para fazer. Temos de continuar a trabalhar”, disse.
A Ministra da Saúde fala ainda “num momento de disciplina e de comportamentos cívicos”, dando como exemplo o caso dos cidadãos portugueses que regressaram de Wuhan, na China, e que aceitaram em isolamento profilático, e dos “muitos e muitas que optaram por aderir às recomendações da Direção Geral de Saúde”.
A governante falou ainda dos riscos que todos corremos, entre eles o “risco da nossa sociedade se desestruturar”. “Estamos num momento que é como se fosse uma guerra, e numa guerra temos de ter disciplina”, acrescentou. “Não podemos interromper a nossa vida social, porque não podemos ficar sem pão, sem água, sem energia, sem recolhas de resíduos”, acrescentou, sublinhando “temos de manter comportamentos apropriados ao momento em que vivemos”.
Confrontada, pela pergunta de um jornalista, com a nova indicação da Organização Mundial de Saúde de testar o mais possível as populações, a Ministra da Saúde garantiu que “estamos a adaptar as nossas práticas”. “Estamos a garantir que temos testes para poder testar sempre que há suspeitas (…) Nos testes no equipamento de proteção individual temos de ser criteriosos”, disse.
Respondendo a outra pergunta, esta sobre quais os atos médicos a serem cancelados, Marta Temido respondeu que “todas as consultas externas que não sejam prioritárias, ou muito prioritárias, deverão ser remarcadas”. Também os meios de diagnóstico complementares que não sejam imprescindíveis e as cirurgias não prioritárias devem ser adiadas.
Aos jornalistas, Graça Freitas, Diretora Geral de Saúde, também presente na conferência de imprensa, confirmou que continuam internadas nos cuidados intensivos 18 pessoas. A responsável sublinhou ainda que a taxa de letalidade do vírus “é superior a 2% em todo o mundo”. “Teremos nos próximos dias, semanas e meses mais pessoas a falecerem. Faz parte da história da doença”, disse acrescentando que o “SNS tudo fará para reduzir ao mínimo o número de pessoas que tenham este desfecho ou que fique com sequelas da doença”.
Também Marcelo Rebelo de Sousa já lamentou a morte da primeira vítima em Portugal e apresentou, numa mensagem publicada no site da Presidência, os “sentidos pêsames” à família. “O Presidente da República apresenta os seus sentidos pêsames à família da primeira vítima mortal da pandemia do Covid-19 em Portugal, cujo falecimento acaba de ser confirmado pelas autoridades de Saúde”.
A Direção-Geral da Saúde elevou hoje para 331 o número de infetados pelo novo coronavírus, mais 86 do que os contabilizados no domingo. Segundo a DGS, há três casos recuperados.
O Governo declarou na sexta-feira o estado de alerta no país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.
Entre várias medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de hoje, e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes.
Os governos regionais da Madeira e dos Açores decidiram impor um período de quarentena a todos os passageiros que aterrarem nos arquipélagos, enquanto o Governo da República desaconselhou as deslocações às ilhas.
Já tinham sido tomadas outras medidas em Portugal para conter a pandemia, como a suspensão das ligações aéreas com a Itália, o país da Europa mais afetado.
A nível global, o coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.500 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Onde posso consultar informação oficial?
A DGS criou para o efeito vários site onde concentra toda a informação atualizada e onde pode acompanhar a evolução da infeção em Portugal e no mundo. Pode ainda consultar as medidas de segurança recomendadas e esclarecer dúvidas sobre a doença.
https://covid19.min-saude.pt/ponto-de-situacao-atual-em-portugal
https://www.dgs.pt/em-destaque.aspx
Quem suspeitar estar infetado ou tiver sintomas em Portugal – que incluem febre, dores no corpo e cansaço – deve contactar a linha SNS24 através do número 808 24 24 24 para ser direcionado pelos profissionais de saúde. Não se dirija aos serviços de urgência, pede a Direção-geral de Saúde.

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