Exemplares de urso-pardo muito baixa em Portugal
Existência de mais exemplares de urso-pardo no Nordeste Transmontano é muito baixa, segundo o ICNF

Autor: Adília Vieira | 10 de Maio de 2019
A probabilidade de existirem outros exemplares de urso-pardo
no Parque Natural do Montesinho, no distrito de Bragança, junto à fronteira com
Espanha “é muito baixa” devido ao tamanho e “comportamento destes
animais”, disse hoje à Lusa fonte do ICNF.
“A dimensão dos ursos e comportamento desta espécie
promove o seu avistamento e a fácil identificação de indícios de presença no
território”, esclareceu a mesma fonte do Instituto da Conservação da
Natureza e das Florestas (ICNF).
De acordo com uma resposta do ICNF enviada à Lusa, a
presença de um urso-pardo em Portugal, no Parque Natural do Montesinho (PNM),
está confirmada desde o final do mês de abril.
“O urso foi detetado em vários pontos no PNM, junto da
fronteira com Espanha, a norte do concelho de Bragança. Até ao momento não há
mais desenvolvimentos sobre a presença do animal neste território”, frisou
a fonte do ICNF.
O organismo refere também que a presença de um urso-pardo
foi “confirmada através de pegadas e pelos registos de imagem de armadilhagem
fotográfica dos serviços homólogos ao ICNF em Espanha na fronteira”.
“O mais provável é que a presença deste urso seja o início
de uma série de ocorrências que podem não ser regulares nem continuadas no
tempo e no espaço, mas que, a longo prazo, possam vir a permitir uma presença
mais estável de fixada de indivíduos em Portugal”, acrescenta.
Segundo o ICNF, este tipo de deslocação é típico de
indivíduos dispersantes, jovens e provenientes de populações abundantes como é
a população da cordilheira cantábrica.
O ICNF está a monitorizar os movimentos através de
armadilhagem fotográfica e indícios de presença em articulação com as entidades
espanholas.
As autoridades ambientais regionais espanholas informam que,
nos últimos dias de abril, verificou-se a existência de estragos num apiário
(conjunto de colmeias) na cidade de La Tejera, tendo os funcionários do governo
regional de Castela e Leão constatado que o incidente foi da responsabilidade
de um urso-pardo.
Paralelamente, e dada a proximidade da fronteira portuguesa,
a presença do urso foi comunicada ao ICNF para o caso de o animal continuar a
sua viagem para o sul, “facto que acabou por acontecer há poucos
dias”.
“Dá-se a circunstância de ser a primeira vez, nos
últimos dois séculos, em que a presença desta espécie no país vizinho é
confirmada de maneira confiável”, asseguraram as autoridades regionais
espanholas.
O animal avistado na região de Sanabria “pode
pertencer” à subpopulação ocidental da Cantábria, que tem cerca de 280
exemplares e, a julgar pelos sinais detetados, pode ser um adulto em dispersão,
de acordo com o Serviço Territorial de Meio Ambiente de Zamora.
O último urso-pardo que viveu em Portugal foi morto em 1843
no Gerês, depois de ter existido em todo o país, assegura o livro “Urso
Pardo em Portugal – Crónica de uma extinção”, de Paulo Caetano e Miguel
Brandão Pimenta, publicado em 2017.
Segundo o ‘site’ “Portugal num mapa”, o urso-pardo
é a segunda maior espécie de carnívoro do mundo, a seguir ao urso-polar (Ursus
maritimus), sendo que um exemplar adulto mede em média 1,4 a 2,8 m de comprimento
(inclui-se a cauda) quando está sobre as quatro patas, pesando os machos mais
de 200 quilogramas
e as fêmeas mais de 150.
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A probabilidade de existirem outros exemplares de urso-pardo no Parque Natural do Montesinho, no distrito de Bragança, junto à fronteira com Espanha “é muito baixa” devido ao tamanho e “comportamento destes animais”, disse hoje à Lusa fonte do ICNF.
“A dimensão dos ursos e comportamento desta espécie promove o seu avistamento e a fácil identificação de indícios de presença no território”, esclareceu a mesma fonte do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
De acordo com uma resposta do ICNF enviada à Lusa, a presença de um urso-pardo em Portugal, no Parque Natural do Montesinho (PNM), está confirmada desde o final do mês de abril.
“O urso foi detetado em vários pontos no PNM, junto da fronteira com Espanha, a norte do concelho de Bragança. Até ao momento não há mais desenvolvimentos sobre a presença do animal neste território”, frisou a fonte do ICNF.
O organismo refere também que a presença de um urso-pardo foi “confirmada através de pegadas e pelos registos de imagem de armadilhagem fotográfica dos serviços homólogos ao ICNF em Espanha na fronteira”.
“O mais provável é que a presença deste urso seja o início de uma série de ocorrências que podem não ser regulares nem continuadas no tempo e no espaço, mas que, a longo prazo, possam vir a permitir uma presença mais estável de fixada de indivíduos em Portugal”, acrescenta.
Segundo o ICNF, este tipo de deslocação é típico de indivíduos dispersantes, jovens e provenientes de populações abundantes como é a população da cordilheira cantábrica.
O ICNF está a monitorizar os movimentos através de armadilhagem fotográfica e indícios de presença em articulação com as entidades espanholas.
As autoridades ambientais regionais espanholas informam que, nos últimos dias de abril, verificou-se a existência de estragos num apiário (conjunto de colmeias) na cidade de La Tejera, tendo os funcionários do governo regional de Castela e Leão constatado que o incidente foi da responsabilidade de um urso-pardo.
Paralelamente, e dada a proximidade da fronteira portuguesa, a presença do urso foi comunicada ao ICNF para o caso de o animal continuar a sua viagem para o sul, “facto que acabou por acontecer há poucos dias”.
“Dá-se a circunstância de ser a primeira vez, nos últimos dois séculos, em que a presença desta espécie no país vizinho é confirmada de maneira confiável”, asseguraram as autoridades regionais espanholas.
O animal avistado na região de Sanabria “pode pertencer” à subpopulação ocidental da Cantábria, que tem cerca de 280 exemplares e, a julgar pelos sinais detetados, pode ser um adulto em dispersão, de acordo com o Serviço Territorial de Meio Ambiente de Zamora.
O último urso-pardo que viveu em Portugal foi morto em 1843 no Gerês, depois de ter existido em todo o país, assegura o livro “Urso Pardo em Portugal – Crónica de uma extinção”, de Paulo Caetano e Miguel Brandão Pimenta, publicado em 2017.
Segundo o ‘site’ “Portugal num mapa”, o urso-pardo é a segunda maior espécie de carnívoro do mundo, a seguir ao urso-polar (Ursus maritimus), sendo que um exemplar adulto mede em média 1,4 a 2,8 m de comprimento (inclui-se a cauda) quando está sobre as quatro patas, pesando os machos mais de 200 quilogramas e as fêmeas mais de 150.

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