Mulher de Rendeiro em prisão domiciliária
Mulher do banqueiro que fugiu à Justiça portuguesa prestou declarações em tribunal e juíza decretou prisão domiciliária com pulseira eletrónica

Autor: Adília Vieira | 5 de Novembro de 2021
A mulher de João Rendeiro, antigo presidente do Banco Privado Português que fugiu à Justiça e se encontra em parte incerta, foi esta quinta-feira alvo de medidas de coação por parte do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa. A juíza a quem prestou declarações durante a tarde decretou prisão domiciliária com pulseira eletrónica, de forma a garantir um grau de vigilância elevado, além da proibição de contactar com o presidente da Antral, Florêncio de Almeida e com o filho deste.
Até estarem resolvidos todos os aspetos técnicos para colocar em prática aquela medida de coação, a casa localizada na Quinta Patiño, em Cascais, onde Maria de Jesus Rendeiro habita, terá vigilância à porta assegurada por agentes policiais. Para fundamentar a aplicação destas medidas de coação, a juíza alegou o perigo de fuga, o risco de perturbação do inquérito e a continuação da atividade criminosa.
Maria de Jesus Rendeiro foi ouvida pela juíza de instrução Catarina Pires no Campus da Justiça, em Lisboa, esta quinta-feira. Em causa terão estado esclarecimentos sobre a venda de oito quadros, o desaparecimento de cinco e a falsificação de quatro das 124 obras de arte de que era fiel depositária desde 2010, bem como alguns negócios imobiliários.
A mulher do ex-presidente do BPP, João Rendeiro, tinha sido detida esta quarta-feira na sua casa. Foi indiciada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) pelos crimes de branqueamento de capitais e descaminho no âmbito da Operação “D’Arte Asas”, cujo inquérito nasce de um dos processos que investigam João Rendeiro. A equipa do MP liderada pela procuradora Inês Bonina alegou o perigo de fuga e de destruição de provas para a detenção de Maria de Jesus Rendeiro, que passou a última noite no Estabelecimento Prisional de Tires.
Maria de Jesus Rendeiro é a única arguida detida neste processo mas a PJ e o DCIAP investigam também Florêncio de Almeida, presidente da ANTRAL, a principal associação de taxistas, e o seu filho, com o mesmo nome, que foi durante alguns anos motorista do ex-banqueiro, que está desde setembro em parte incerta e sobre o qual recaem dois mandados de detenção internacional. Suspeita-se que ambos tenham servido de testas-de-ferro para os negócios imobiliários com João Rendeiro.
A compra e venda de imóveis entre a família Florêncio de Almeida e o fundador do BPP datam de 2015. O ex-motorista de Rendeiro acabou por comprar uma casa no empreendimento da Quinta Patiño, pelo valor de 1,1 milhões de euros, a pronto pagamento, cedendo depois o usufruto do imóvel por um período de 15 anos a um valor de 200 mil euros à mulher de Rendeiro, Maria de Jesus.
Leia também

Bombeiros voluntários vão receber 61 euros por dia

João Rendeiro encontrado morto na prisão

PSP apreende 15 toneladas de catalisadores

Inês Henriques denuncia assédio sexual
A mulher de João Rendeiro, antigo presidente do Banco Privado Português que fugiu à Justiça e se encontra em parte incerta, foi esta quinta-feira alvo de medidas de coação por parte do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa. A juíza a quem prestou declarações durante a tarde decretou prisão domiciliária com pulseira eletrónica, de forma a garantir um grau de vigilância elevado, além da proibição de contactar com o presidente da Antral, Florêncio de Almeida e com o filho deste.
Até estarem resolvidos todos os aspetos técnicos para colocar em prática aquela medida de coação, a casa localizada na Quinta Patiño, em Cascais, onde Maria de Jesus Rendeiro habita, terá vigilância à porta assegurada por agentes policiais. Para fundamentar a aplicação destas medidas de coação, a juíza alegou o perigo de fuga, o risco de perturbação do inquérito e a continuação da atividade criminosa.
Maria de Jesus Rendeiro foi ouvida pela juíza de instrução Catarina Pires no Campus da Justiça, em Lisboa, esta quinta-feira. Em causa terão estado esclarecimentos sobre a venda de oito quadros, o desaparecimento de cinco e a falsificação de quatro das 124 obras de arte de que era fiel depositária desde 2010, bem como alguns negócios imobiliários.
A mulher do ex-presidente do BPP, João Rendeiro, tinha sido detida esta quarta-feira na sua casa. Foi indiciada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) pelos crimes de branqueamento de capitais e descaminho no âmbito da Operação “D’Arte Asas”, cujo inquérito nasce de um dos processos que investigam João Rendeiro. A equipa do MP liderada pela procuradora Inês Bonina alegou o perigo de fuga e de destruição de provas para a detenção de Maria de Jesus Rendeiro, que passou a última noite no Estabelecimento Prisional de Tires.
Maria de Jesus Rendeiro é a única arguida detida neste processo mas a PJ e o DCIAP investigam também Florêncio de Almeida, presidente da ANTRAL, a principal associação de taxistas, e o seu filho, com o mesmo nome, que foi durante alguns anos motorista do ex-banqueiro, que está desde setembro em parte incerta e sobre o qual recaem dois mandados de detenção internacional. Suspeita-se que ambos tenham servido de testas-de-ferro para os negócios imobiliários com João Rendeiro.
A compra e venda de imóveis entre a família Florêncio de Almeida e o fundador do BPP datam de 2015. O ex-motorista de Rendeiro acabou por comprar uma casa no empreendimento da Quinta Patiño, pelo valor de 1,1 milhões de euros, a pronto pagamento, cedendo depois o usufruto do imóvel por um período de 15 anos a um valor de 200 mil euros à mulher de Rendeiro, Maria de Jesus.

Bombeiros voluntários vão receber 61 euros por dia

João Rendeiro encontrado morto na prisão

PSP apreende 15 toneladas de catalisadores
