Novo Aeroporto: Santana aponta para Alverca
Aeroporto em Alverca: Santana Lopes diz que esta seria a alternativa “mais lógica e racional”, frisando que nunca é tarde para voltar atrás

Autor: Vítor Santos | 9 de Abril de 2019
Líder do Aliança apresenta solução para a instalação do novo
aeroprto em Alverca. Santana Lopes diz que esta seria a alternativa “mais lógica e
racional”, frisando que nunca é tarde para voltar atrás.
O presidente do Aliança, Pedro Santana Lopes, apontou esta
terça-feira razões de “acesso”, “segurança” ou de “rapidez” para que o novo
aeroporto passe do Montijo para Alverca, fazendo o “apelo” ao Governo para que
siga pela “solução mais lógica e mais racional”.
Desde logo, aponta Santana Lopes, “90% das origens e
destinos” dos passageiros de Lisboa, considerando ser um “número significativo”.
Tendo em conta que Alverca fica na mesma margem que Lisboa é a “solução certa,
do lado certo”, defende o líder do Aliança.
O fundador do novo partido e ex-lider do PSD defende ainda
que a solução de Alverca é “mais valiosa” porque seria possível “aproveitar a
linha ferroviária que já existe, com ligação nacional e internacional”, sendo
este um “ativo inestimável” Além disso, a ligação de transportes a Alverca
seria “mais rápida” face ao Montijo, que exige um investimento para o reforço “de
barcos ou para a construção de uma nova ponte”. E de acordo com o projeto
apresentado pelo Aliança, que contou com a participação de José Furtado,
ex-bastonário da Ordem dos Engenheiros, em Alverca é possível aumentar a
“capacidade de tráfego aéreo muito superior à solução do Montijo” havendo ainda
a “possibilidade de gestão unitária” dos dois complexos aeroportuários: o de
Humberto Delgado e o da Portela.
Por fim, remata Santana Lopes, a opção por Alverca traduz
“mais segurança, com menos voos a sobrevoar zonas povoadas”.
Todos estes argumentos revelam que “não há nenhuma razão que
faça do Montijo uma solução preferível a Alverca”, vinca Santana Lopes.
O ex-social-democrata tem sido uma das vozes críticas à
opção do Governo em apostar num novo aeroporto no Montijo, cuja abertura está
prevista para 2022. Ontem – no dia em
que se assinalou três meses da assinatura do acordo entre o Governo e a ANA –
Aeroportos para a instalação do novo aeroporto no Montijo – Pedro Santana Lopes
convidou os jornalistas a sobrevoar a pista de Alverca, que é hoje gerida pela
empresa OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, onde é feita a manutenção de
aeronaves, que tem como acionistas a Embraer e o Governo. Foi então que, em
conferência de imprensa, o líder do Aliança apresentou os argumentos que o
levam a defender Alverca como “a melhor solução para a estratégia de Portugal”.
No entanto, Santana Lopes diz que ainda não conversou com o
Governo sobre o assunto nem apresentou o estudo do Aliança, frisando que a
iniciativa é um “apelo” e não “uma proposta de disputa política”.
E mesmo depois da assinatura do acordo para a instalação do
aeroporto no Montijo, Santana Lopes continua a defender que “faz sentido”
discutir o assunto e “esperar seis meses para termos a melhor opção para
décadas”. Até porque, “o que está em causa é tomarmos a melhor opção” e a que
“facilite a vida dos portugueses”, acrescentou o líder do Aliança que entende
que “nunca é tarde para voltar atrás e fazer a melhor solução”.
Além disso, lembra Santana Lopes, o resultado do estudo de
impacte ambiental da nova infraestrutura no Montijo ainda não é conhecido.
A par de Santana Lopes, também os autarcas do concelho de
Vila Franca de Xira insistem que Alverca seria a melhor solução para acolher o
novo aeroporto.
Nova pista
Para que fosse instalado o novo aeroporto na Portela, seria
necessária a construção de uma nova pista, que ficaria paralela àquela que hoje
existe, de acordo com o plano apresentado ontem pelo Aliança. As duas pistas
ficariam independentes e permitiriam ao aeroporto ter uma capacidade de 90 a 95 movimentos de aviões
por hora.
A ligação entre o aeroporto de Alverca ao Humberto Delgado
seria através de um shuttle (mini comboio de superfície), semelhante ao que existe
no aeroporto de Gatwick, em Londres, sendo esta a referência em termos de
eficiência operacional. Desta forma, com a proximidade entre Alverca e o
aeroporto Humberto Delgado, seria possível praticamente fundir os dois
aeroportos.
Com o posicionamento das pistas em paralelo, o partido diz
que, desta forma, ficaria ultrapassado o obstáculo que levou a que Alverca
ficasse fora do leque de possibilidades para acolher o novo aeroporto: a
orientação intersetar entre a pista de Alverca e a de Humberto Delgado.
Todo este plano, diz o Aliança, “é uma solução nunca
avaliada” sendo “muito competitiva” na relação custo-benefício. Segundo as
contas do partido, o investimento necessário para o aeroporto em Portela ronda
os 1.150 milhões de euros. Um valor “semelhante” ao custo estimado para a
instalação do aeroporto no Montijo, argumenta Santana Lopes.
Aeroporto de Monte Real
Em junho do ano passado, ainda no PSD, Pedro Santana Lopes
juntou-se aos autarcas e empresários da região centro do país para defender a
abertura do aeroporto militar de Monte Real à aviação civil.
Na altura, Santana Lopes lembrou que apostar no aeroporto em
Monte Real seria um sinal de “coesão territorial”, recordando que quando foi
primeiro-ministro, “no final de uma campanha” optou por viajar de ‘Falcon’ até
aquele aeroporto. Em Leiria, o agora
líder do Aliança alertou que a abertura de Monte Real à aviação civil iria
trazer “muito maior desenvolvimento económico” à região defendendo que “as 600
mil dormidas no centro do país chegam para assegurar o equilíbrio do
aeroporto”, afirmou Pedro Santana Lopes.
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Líder do Aliança apresenta solução para a instalação do novo aeroprto em Alverca. Santana Lopes diz que esta seria a alternativa “mais lógica e racional”, frisando que nunca é tarde para voltar atrás.
O presidente do Aliança, Pedro Santana Lopes, apontou esta terça-feira razões de “acesso”, “segurança” ou de “rapidez” para que o novo aeroporto passe do Montijo para Alverca, fazendo o “apelo” ao Governo para que siga pela “solução mais lógica e mais racional”.
Desde logo, aponta Santana Lopes, “90% das origens e destinos” dos passageiros de Lisboa, considerando ser um “número significativo”. Tendo em conta que Alverca fica na mesma margem que Lisboa é a “solução certa, do lado certo”, defende o líder do Aliança.
O fundador do novo partido e ex-lider do PSD defende ainda que a solução de Alverca é “mais valiosa” porque seria possível “aproveitar a linha ferroviária que já existe, com ligação nacional e internacional”, sendo este um “ativo inestimável” Além disso, a ligação de transportes a Alverca seria “mais rápida” face ao Montijo, que exige um investimento para o reforço “de barcos ou para a construção de uma nova ponte”. E de acordo com o projeto apresentado pelo Aliança, que contou com a participação de José Furtado, ex-bastonário da Ordem dos Engenheiros, em Alverca é possível aumentar a “capacidade de tráfego aéreo muito superior à solução do Montijo” havendo ainda a “possibilidade de gestão unitária” dos dois complexos aeroportuários: o de Humberto Delgado e o da Portela.
Por fim, remata Santana Lopes, a opção por Alverca traduz “mais segurança, com menos voos a sobrevoar zonas povoadas”.
Todos estes argumentos revelam que “não há nenhuma razão que faça do Montijo uma solução preferível a Alverca”, vinca Santana Lopes.
O ex-social-democrata tem sido uma das vozes críticas à opção do Governo em apostar num novo aeroporto no Montijo, cuja abertura está prevista para 2022. Ontem – no dia em que se assinalou três meses da assinatura do acordo entre o Governo e a ANA – Aeroportos para a instalação do novo aeroporto no Montijo – Pedro Santana Lopes convidou os jornalistas a sobrevoar a pista de Alverca, que é hoje gerida pela empresa OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, onde é feita a manutenção de aeronaves, que tem como acionistas a Embraer e o Governo. Foi então que, em conferência de imprensa, o líder do Aliança apresentou os argumentos que o levam a defender Alverca como “a melhor solução para a estratégia de Portugal”.
No entanto, Santana Lopes diz que ainda não conversou com o Governo sobre o assunto nem apresentou o estudo do Aliança, frisando que a iniciativa é um “apelo” e não “uma proposta de disputa política”.
E mesmo depois da assinatura do acordo para a instalação do aeroporto no Montijo, Santana Lopes continua a defender que “faz sentido” discutir o assunto e “esperar seis meses para termos a melhor opção para décadas”. Até porque, “o que está em causa é tomarmos a melhor opção” e a que “facilite a vida dos portugueses”, acrescentou o líder do Aliança que entende que “nunca é tarde para voltar atrás e fazer a melhor solução”.
Além disso, lembra Santana Lopes, o resultado do estudo de impacte ambiental da nova infraestrutura no Montijo ainda não é conhecido.
A par de Santana Lopes, também os autarcas do concelho de Vila Franca de Xira insistem que Alverca seria a melhor solução para acolher o novo aeroporto.
Nova pista
Para que fosse instalado o novo aeroporto na Portela, seria necessária a construção de uma nova pista, que ficaria paralela àquela que hoje existe, de acordo com o plano apresentado ontem pelo Aliança. As duas pistas ficariam independentes e permitiriam ao aeroporto ter uma capacidade de 90 a 95 movimentos de aviões por hora.
A ligação entre o aeroporto de Alverca ao Humberto Delgado seria através de um shuttle (mini comboio de superfície), semelhante ao que existe no aeroporto de Gatwick, em Londres, sendo esta a referência em termos de eficiência operacional. Desta forma, com a proximidade entre Alverca e o aeroporto Humberto Delgado, seria possível praticamente fundir os dois aeroportos.
Com o posicionamento das pistas em paralelo, o partido diz que, desta forma, ficaria ultrapassado o obstáculo que levou a que Alverca ficasse fora do leque de possibilidades para acolher o novo aeroporto: a orientação intersetar entre a pista de Alverca e a de Humberto Delgado.
Todo este plano, diz o Aliança, “é uma solução nunca avaliada” sendo “muito competitiva” na relação custo-benefício. Segundo as contas do partido, o investimento necessário para o aeroporto em Portela ronda os 1.150 milhões de euros. Um valor “semelhante” ao custo estimado para a instalação do aeroporto no Montijo, argumenta Santana Lopes.
Aeroporto de Monte Real
Em junho do ano passado, ainda no PSD, Pedro Santana Lopes juntou-se aos autarcas e empresários da região centro do país para defender a abertura do aeroporto militar de Monte Real à aviação civil.
Na altura, Santana Lopes lembrou que apostar no aeroporto em Monte Real seria um sinal de “coesão territorial”, recordando que quando foi primeiro-ministro, “no final de uma campanha” optou por viajar de ‘Falcon’ até aquele aeroporto. Em Leiria, o agora líder do Aliança alertou que a abertura de Monte Real à aviação civil iria trazer “muito maior desenvolvimento económico” à região defendendo que “as 600 mil dormidas no centro do país chegam para assegurar o equilíbrio do aeroporto”, afirmou Pedro Santana Lopes.
