Parlamento recusa condenar Ferro Rodrigues
Parlamento recusa condenar Ferro Rodrigues pelo incidente com André Ventura só o deputado da Iniciativa Liberal votou ao lado do Chega

Autor: Horta e Costa | 20 de Dezembro de 2019
O parlamento recusou hoje condenar o seu presidente, Ferro
Rodrigues, pelo incidente da repreensão ao deputado único do Chega por recorrer
em demasia à palavra “vergonha” e posteriores declarações sobre o
episódio.
Em apreciação esteve um voto, apresentado por André Ventura,
com um texto em que manifestava preocupação pelas afirmações de Ferro Rodrigues
reproduzidas pelo semanário Expresso: “Tenho que parar isto a
tempo?”, referindo-se às intervenções do deputado da extrema-direita
populista.
“A Assembleia da República, reunida em sessão plenária,
vem desta forma manifestar a s sua condenação por estas declarações e pelo
caminho que, aparentemente, está a ser seguido na sua relação com os restantes
deputados por sua excelência, o senhor presidente da Assembleia da República,
cortando-lhes, a ampla capacidade de expressão que a constituição e o regimento
da Assembleia da República lhes reconhecem”, foi a deliberação rejeitada
todas as bancadas, à exceção de CDS-PP e do deputado único da Iniciativa Liberal,
os quais se abstiveram.
O Chega voltou hoje a ser o recordista de votos apresentados
na sessão plenária, com mais três: de condenação e preocupação pelo acolhimento
em Portugal de um grupo de estrangeiros que entraram no país de forma ilegal,
de condenação e preocupação pela descida de Portugal no Índice de Desempenho
das Alterações Climáticas e de condenação e preocupação pelas falhas ocorridas
na prestação de socorro a vítimas pelo INEM.
Todos os textos apresentados por André Ventura acabaram
chumbados pelo resto da câmara. Com a generalidade de votos contrários, só o
deputado da Iniciativa Liberal votou ao lado do Chega, enquanto o CDS-PP se
absteve quanto ao acolhimento de imigrantes.
O PSD votou a favor do documento do Chega sobre o índice de
alterações climáticas e absteve-se, tal como o CDS-PP, no texto sobre as falhas
do INEM.
Os democratas-cristãos viram dois votos aprovados no
hemiciclo. Um de condenação e pesar pelas 304 pessoas mortas em protestos
antigovernamentais em novembro no Irão e outro de solidariedade pela decisão da
Comissão Europeia de condenar o assassinato da jornalista maltesa Daphne
Galizia. Em ambos os casos, só PCP e PEV optaram pela abstenção.
O BE apresentou um voto de saudação pelo Dia Internacional
das Migrações o qual foi aprovado por todas as bancadas à exceção de CDS-PP,
Chega e Iniciativa Liberal, os quais se abstiveram.
O PAN submeteu um documento a condenar a expulsão da
ativista portuguesa Isabel Lourenço do Saara Ocidental que foi aprovado, embora
com a abstenção de PS e PSD e os votos contra de CDS-PP e Chega.
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O parlamento recusou hoje condenar o seu presidente, Ferro Rodrigues, pelo incidente da repreensão ao deputado único do Chega por recorrer em demasia à palavra “vergonha” e posteriores declarações sobre o episódio.
Em apreciação esteve um voto, apresentado por André Ventura, com um texto em que manifestava preocupação pelas afirmações de Ferro Rodrigues reproduzidas pelo semanário Expresso: “Tenho que parar isto a tempo?”, referindo-se às intervenções do deputado da extrema-direita populista.
“A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, vem desta forma manifestar a s sua condenação por estas declarações e pelo caminho que, aparentemente, está a ser seguido na sua relação com os restantes deputados por sua excelência, o senhor presidente da Assembleia da República, cortando-lhes, a ampla capacidade de expressão que a constituição e o regimento da Assembleia da República lhes reconhecem”, foi a deliberação rejeitada todas as bancadas, à exceção de CDS-PP e do deputado único da Iniciativa Liberal, os quais se abstiveram.
O Chega voltou hoje a ser o recordista de votos apresentados na sessão plenária, com mais três: de condenação e preocupação pelo acolhimento em Portugal de um grupo de estrangeiros que entraram no país de forma ilegal, de condenação e preocupação pela descida de Portugal no Índice de Desempenho das Alterações Climáticas e de condenação e preocupação pelas falhas ocorridas na prestação de socorro a vítimas pelo INEM.
Todos os textos apresentados por André Ventura acabaram chumbados pelo resto da câmara. Com a generalidade de votos contrários, só o deputado da Iniciativa Liberal votou ao lado do Chega, enquanto o CDS-PP se absteve quanto ao acolhimento de imigrantes.
O PSD votou a favor do documento do Chega sobre o índice de alterações climáticas e absteve-se, tal como o CDS-PP, no texto sobre as falhas do INEM.
Os democratas-cristãos viram dois votos aprovados no hemiciclo. Um de condenação e pesar pelas 304 pessoas mortas em protestos antigovernamentais em novembro no Irão e outro de solidariedade pela decisão da Comissão Europeia de condenar o assassinato da jornalista maltesa Daphne Galizia. Em ambos os casos, só PCP e PEV optaram pela abstenção.
O BE apresentou um voto de saudação pelo Dia Internacional das Migrações o qual foi aprovado por todas as bancadas à exceção de CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal, os quais se abstiveram.
O PAN submeteu um documento a condenar a expulsão da ativista portuguesa Isabel Lourenço do Saara Ocidental que foi aprovado, embora com a abstenção de PS e PSD e os votos contra de CDS-PP e Chega.

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