Vivemos num país em que, face à opinião pública, os criminosos se tornam heróis e as forças de segurança são hostilizadas e criminalizadas por defenderem a ordem e protegerem os cidadãos.
Vivemos num país em que o próprio Governo viola o segredo de justiça, justificando-se com o “diz-se que disse” e que é importante repor a verdade (a sua verdade).
Vivemos num país em que apenas um terço da população trabalha para sustentar um Orçamento de Estado ruinoso, que outros objetivos não tem do que sustentar a boiada socialista e dar uns trocos a quem votou no PS.
O herói nacional é agora Rui Pinto, o já célebre “hacker” que, espero bem, responderá por 90 crimes entre acesso ilegítimo, acesso indevido, violação de correspondência, sabotagem informática e tentativa de extorsão.
Mas pelo que se pode confirmar através das redes sociais, este rapazinho é impoluto, corajoso e digno de uma estátua. Numa sociedade que se quer justa e progressiva, não pode haver justiceiros.
Compete ao Estado garantir o cumprimento da Lei e a segurança dos cidadãos e, por esta razão, ninguém pode substituir o Estado nesta matéria.
Perante a Lei, Rui Pinto é um criminoso confesso e terá de responder por isso. É o mínimo que qualquer cidadão deve exigir num Estado de Direito.
Opinião: Vítor Santos (diretor de informação mtv24)