Tráfico de diamantes em missões portuguesas da ONU
PJ faz buscas em todo o país por suspeita de tráfico de diamantes, ouro e droga em missões portuguesas da ONU. Já foram feitas mais de 10 detenções

Autor: Horta e Costa | 8 de Novembro de 2021
A investigação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, que visa membros dos Comandos e ex-Comandos, está a ser liderada pelo juiz Carlos Alexandre.
A Polícia Judiciária está a efetuar mais de 100 buscas de norte a sul de Portugal – sobretudo na grande Lisboa, Porto, Bragança e Vila Real -, numa operação que envolve mais de 200 inspetores e que investiga suspeitas de tráfico de diamantes, de ouro e droga por parte de militares portugueses, entre os quais estarão comandos e ex-comandos, durante missões portuguesas ao abrigo da ONU, noticia a TVI.
Segundo o canal, estes membros destacados do exército montaram um esquema criminoso para transportar da República Centro Africana, um país em guerra e onde Portugal está presente desde 2016, para a Europa estes produtos em aviões militares em que a carga não era fiscalizada.
Já terão sido detidas mais de dez pessoas.
Um dos locais que está a ser alvo de buscas é o o regimento de Comandos, no quartel da Carregueira, que seria a base dos principais suspeitos deste esquema, que dura há vários anos.
Portugal era utilizado como entrada dos produtos traficados na Europa. Por exemplo, em relação aos diamantes, depois de chegados a território luso eram transportados para a Antuérpia e Bélgica, onde eram depois vendidos. Esta segunda parte do esquema leva também a que as autoridades também estejam a investigar o crime de branqueamento de capitais, feito com recurso à compra de bitcoins, uma moeda virtual sem controlo das autoridades financeiras. Segundo o Público, os militares chegavam a receber 50% do valor. A operação de investigação teve início em 2020.
A investigação é da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ e está a ser liderada pelo juiz Carlos Alexandre.
A extração de pedras preciosas, como é o caso dos diamantes, na RCA é muitas vezes feita com recurso a trabalho forçado de crianças.
Buscas a comandos por suspeita de tráfico não afetam imagem do país, diz Santos Silva
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse hoje que a imagem de Portugal não sai afetada por causa de buscas ao Regimento de Comandos por suspeitas de tráfico de diamantes em missões militares noutros países.
“Não afeta a nossa imagem internacional. Se as autoridades judiciais entendem que há indícios que exigem investigações, essas investigações devem ser feitas. Vigora o princípio da separação dos poderes não tenho nada a dizer sobre investigações em curso”, disse Augusto Santos Silva.
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